NEGÓCIOS

Interchange Fee: o que é, como funciona e como impacta seu negócio

Entenda o que é interchange fee, como funciona nas transações com cartão e como ele pode gerar receita e eficiência para o seu negócio.

18 de dezembro de 2025

Por iDez Digital

A digitalização dos meios de pagamento transformou as transações entre empresas, consumidores e instituições financeiras. Entre os conceitos mais importantes desse ecossistema está o interchange fee, um elemento que influencia diretamente os custos e a rentabilidade das operações que envolvem cartões.

Apesar de ser um termo comum no setor financeiro, muitos negócios ainda não entendem como ele funciona, quem define seu valor e como pode impactar indicadores essenciais, como fluxo de caixa, margem e receita. Para empresas que desejam oferecer soluções financeiras, como contas digitais, cartões e pagamentos, compreender o interchange fee é importante para tomar decisões mais estratégicas.

Neste artigo, vamos explicar, de forma didática, o que é o interchange fee, como ele é calculado, quem participa dessa cadeia e como empresas podem aproveitar melhor esse mecanismo dentro de modelos de fintech e Banking as a Service (BaaS).

O que é interchange fee?

O interchange fee é uma taxa paga pela adquirente (quem processa o pagamento para o comerciante) ao emissor do cartão (quem emite o cartão ao consumidor).Ele compõe uma parte do custo das transações com cartão e existe para remunerar o emissor pela segurança, crédito e infraestrutura envolvidos na operação.

Em outras palavras, quando um cliente faz uma compra com cartão, a adquirente repassa uma parte da transação ao emissor, essa parte é o interchange fee.

O valor dessa taxa não é definido pelo comerciante, nem pela empresa que oferece soluções financeiras. Ele é determinado pelas bandeiras de cartão (como Visa, Mastercard, Elo), que publicam tabelas oficiais com suas regras e percentuais.

Por isso, mesmo que a empresa opere sua própria solução de cartões com o apoio de uma fintech como a iDez, a definição do interchange continua sendo responsabilidade das bandeiras.

Como o interchange fee funciona na prática

Para entender a interchange fee, é preciso conhecer o fluxo completo de uma transação com cartão. Ele envolve quatro participantes:

  • Portador do cartão (cliente);

  • Comerciante (estabelecimento);

  • Adquirente (empresa que credencia e processa pagamentos para o comerciante);

  • Emissor (instituição que emite o cartão para o cliente).

Vamos ao passo a passo simplificado:

  1. O cliente realiza uma compra com cartão: Ele insere o cartão na maquininha, usa NFC ou digita dados online;

  2. A adquirente processa a cobrança: Ela valida a transação e envia a solicitação ao emissor;

  3. O emissor aprova ou recusa: Ele verifica saldo, risco e limites;

  4. O comerciante recebe o valor descontado das taxas.

A taxa total inclui a taxa da adquirente (comissão pelo processamento), o interchange fee (remunerando o emissor) e a taxa da bandeira. Ou seja, o interchange é somente um dos componentes do custo do cartão.

Por que existe essa taxa?

O emissor assume riscos e custos operacionais ao emitir cartões, oferecer crédito, validar transações e manter segurança. O interchange é uma forma de compensar esses custos.

Como é definido o interchange fee?

A definição da taxa não é feita pela empresa que oferece soluções financeiras, nem pela iDez, e nem pelo comerciante. Quem define é a bandeira do cartão (Visa, Mastercard etc.)

A taxa é calculada com base em critérios como:

  • tipo do cartão (crédito, débito, pré-pago);

  • tipo do comerciante (varejo, serviços, alimentação etc.);

  • modalidade (presencial, online, recorrente);

  • perfil do portador.

Essas tabelas são públicas e podem ser consultadas nos sites das bandeiras. Dessa forma, não há negociação direta entre empresas e bandeiras, porque a regra vale para todo o mercado.

Como o interchange fee impacta empresas?

O interchange fee impacta os negócios de duas maneiras:

1. Para empresas que recebem pagamentos com cartão

Para quem tem marketplace, franquias, varejo ou serviços digitais, o interchange compõe o custo total da taxa paga à adquirente. Quando o valor é alto impacta na redução das margens, quando é baixo, melhora o fluxo de caixa.

A título de exemplo, setores como educação e supermercados tendem a ter interchange menor. Já os setores de turismo e serviços digitais podem ter taxas mais altas.

2. Para empresas que operam soluções financeiras com cartões próprios

Aqui está um ponto estratégico: empresas que usam a infraestrutura da iDez para criar soluções financeiras, como cartões pré-pagos ou de conta digital, podem receber uma parte do interchange gerado nas transações de seus usuários.

Ou seja:

→ quanto mais seus clientes usam o cartão;

→ maior é o volume transacionado;

→ maior é o valor retornado à sua operação.

Isso se torna uma linha real de receita, é uma forma de monetizar sem aumentar preços ao usuário, pois é um ganho gerado naturalmente pelo uso do cartão.

No entanto, é importante relembrar que a empresa não define a taxa, mas se beneficia do modelo quando opera como emissora dentro da estrutura BaaS.


Quando o interchange fee impacta ainda mais o resultado

Alguns cenários potencializam sua relevância:

  • Empresas com alto volume transacional;

  • Negócios com grande base de usuários ativos;

  • Marcas que querem incentivar uso recorrente do cartão;

  • Carteiras digitais, apps de serviços e bancos de nicho;

  • Empresas que querem criar um ecossistema financeiro completo.


Nesses casos, o interchange complementa outras receitas do modelo financeiro, reduz dependência de margens tradicionais e fortalece previsibilidade.



Interchange fee como estratégia dentro do BaaS e das soluções da iDez

A iDez possibilita que empresas criem e operem soluções financeiras sem precisar ser, de fato, um banco.

Dentro dessa infraestrutura, o interchange funciona como uma das alavancas de receita da operação. E, quando combinado a volume de transações e estratégias de ativação, pode representar uma parcela importante da rentabilidade.

Além disso, ao operar com uma plataforma que garante compliance regulatório, segurança, integração simplificada, monitoramento e experiência do usuário, a empresa consegue focar em escalar seu produto enquanto a infraestrutura financeira trabalha de forma estável no processo.


FAQ – Perguntas frequentes sobre interchange fee

O que é interchange fee?

É a taxa paga pela adquirente ao emissor do cartão por cada transação realizada. Ela remunera o emissor pelos custos e riscos envolvidos.

Quem define a taxa de interchange?

As bandeiras de cartão definem o valor, de acordo com regras próprias publicadas em tabelas oficiais.

A empresa pode negociar ou alterar a taxa?

Não. O interchange é padronizado pelas bandeiras e vale para o mercado inteiro.

Como o interchange impacta o meu negócio?

Ele influencia o custo das transações com cartão e, para quem opera cartões próprios, pode representar uma fonte de receita.

A iDez define ou manipula o interchange?

Não. A iDez segue as regras do mercado, mas oferece infraestrutura para que sua empresa possa monetizar transações de forma escalável.

Como o interchange se torna receita para minha operação?

Empresas que operam cartões próprios, via BaaS, recebem parte do valor gerado nas transações dos usuários.


Impulsione sua operação

O interchange fee é um elemento fundamental para entender a estrutura de custos e receitas no ecossistema de cartões. Embora não seja controlado pela empresa que oferece soluções financeiras, ele tem impacto direto tanto no custo do comerciante quanto na monetização de operações que utilizam cartões próprios.

Para empresas que desejam avançar em soluções financeiras, compreender a dinâmica do interchange é essencial para criar modelos sustentáveis, competitivos e escaláveis.

Com a infraestrutura BaaS da iDez, é possível transformar esse conhecimento em estratégia, estruturando soluções que fortalecem a receita e ampliam o potencial financeiro do negócio.

Quer entender como o interchange pode impulsionar sua operação?Fale com a iDez e descubra como criar soluções financeiras com começo, meio e futuro.

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